MÓNICA TRAVESSA

PROCURADORA-ADJUNTA

COIMBRA - 1.ª suplente

Mónica Cristina Fraústo Travessa

• Procuradora-adjunta, colocada na Procuradoria da Instância Local de Cantanhede

A Justiça em Portugal necessita de um Ministério Público prestigiado e forte para que possa ter uma sociedade mais realizada e próspera. No entanto, não é possível alcançar esse objectivo descapitalizando-a do seu activo mais importante - o prestígio. E digo prestígio com o sentido próprio de grupo a que se tem respeito. Nós, magistrados do Ministério Público, queremos ser respeitados e não privilegiados.

Impõe-se maior veemência na defesa da nossa classe contra a erosão que se vai paulatinamente sofrendo debaixo dos holofotes de uma opinião pública fortemente atenta aos fenómenos da Justiça. E essa salvaguarda só é possível com o reforço dos recursos humanos, a serem geridos de forma mais eficiente.

Torna-se necessário, mais do que compensar as perdas nos nossos quadros, que os concursos sejam feitos de forma absolutamente transparente e livre de asteriscos, que as avaliações de desempenho reflictam as dificuldades reais de quem está no terreno (volume e qualidade de trabalho são realidades que se movem em sentidos diferentes), que exista uma melhor afectação de recursos, apoio técnico real, efectiva implementação da especialização, entre muitas outras necessidades.

O Ministério Público está cada vez mais sob o escrutínio da opinião pública, pelo que é crucial termos quem seja capaz de exigir os meios necessários para, a todo o tempo, nos apresentarmos com eficiência e qualidade perante quem e em nome de quem trabalhamos, que é o povo português.

Por isso, não hesitei em fazer parte deste projecto, a Lista A.

Porque as pessoas que a compõem e que se propõem a ser a nossa voz no Conselho, nas quais orgulhosamente me incluo, têm a coragem, a transparência e a capacidade de trabalho necessárias àqueles fins.